Se as mulheres estivessem no poder, a crise seria menor. Esta é a convicção da vice-presidente da Comissão Europeia.
Viviane Reding entende que se fosse o sexo feminino a ter poder de decisão nas instituiçöes financeiras e económicas, teriam sido cometidos menos erros e a crise, com a dimensão que tem agora, poderia ter sido evitada.
A participar no Fórum de Mulheres, a decorrer em Deauville, na regiäo francesa da Normandia, Vivian Reding apoiou-se em estudos para responder à agência Lusa sobre esta matéria.
Esses estudos concluíram que, se houvesse mais mulheres nos cargos de decisäo, menos riscos imprudentes teriam sido corridos, mais perguntas teriam sido feitas e menos erros teriam sido cometidos.
Vivian Reding dá o exemplo dos bancos bancos centrais, liderados exclusivamente por homens: «A atual gestão do Banco Central Europeu näo é saudável», criticou, em conferência de imprensa, à margem do Fórum de Mulheres, que dura até sexta-feira.
A também comissária europeia da Justiça está a trabalhar numa proposta de diretiva que imporá um sistema de quotas para os conselhos de administração (não executivos) das empresas de todos os Estados-membros, que passariam a ter de incluir 40% de mulheres.
Este sistema de quotas aplicar-se-á apenas às situações em que homens e mulheres tenham as mesmas qualificações e capacidades. Ou seja, face a candidatos em igualdade de circunstâncias, a escolha recairia sobre a pessoa do sexo sub-representado no mundo atual, uma mulher.
«É uma questão de garantir o acesso e as mesmas oportunidades», resume Reding. As mais importantes escolas de negócios do mundo forneceram-lhe um número que ela não se cansa de utilizar: há oito mil mulheres com qualificações e capacidades à espera de serem chamadas.
A proposta de quotas, «ainda em fase inicial», já desencadeou uma forte rejeição de nove Estados-membros, liderados pelo Reino Unido. Desiludida com essa reação ideológica, Reding promete não deixar cair a proposta. Acredita que o bom senso acabará por prevalecer.
A comissária explicou que a quota não é um fim mas uma ferramenta para acelerar a mudança, que, deixada nas mãos da autorregulaçäo das empresas, tem sido muito lenta.
Nos últimos dois anos, a percentagem de mulheres em cargos de decisão na União Europeia aumentou de 12 para 14%, apontou. No entanto, defende que, sobretudo em tempo de crise, não se pode esperar tanto tempo.
Onze estados-membros, entre os quais Portugal, já dispõem de algum tipo de quotas para mulheres em cargos de decisão, mas os dados mostram que esta pluralidade de modelos resulta num progresso lento e nem sempre na direção certa, alertou Reding, justificando assim a adoção de uma diretiva com regras comuns para todos.
Viviane Reding entende que se fosse o sexo feminino a ter poder de decisão nas instituiçöes financeiras e económicas, teriam sido cometidos menos erros e a crise, com a dimensão que tem agora, poderia ter sido evitada.
A participar no Fórum de Mulheres, a decorrer em Deauville, na regiäo francesa da Normandia, Vivian Reding apoiou-se em estudos para responder à agência Lusa sobre esta matéria.
Esses estudos concluíram que, se houvesse mais mulheres nos cargos de decisäo, menos riscos imprudentes teriam sido corridos, mais perguntas teriam sido feitas e menos erros teriam sido cometidos.
Vivian Reding dá o exemplo dos bancos bancos centrais, liderados exclusivamente por homens: «A atual gestão do Banco Central Europeu näo é saudável», criticou, em conferência de imprensa, à margem do Fórum de Mulheres, que dura até sexta-feira.
A também comissária europeia da Justiça está a trabalhar numa proposta de diretiva que imporá um sistema de quotas para os conselhos de administração (não executivos) das empresas de todos os Estados-membros, que passariam a ter de incluir 40% de mulheres.
Este sistema de quotas aplicar-se-á apenas às situações em que homens e mulheres tenham as mesmas qualificações e capacidades. Ou seja, face a candidatos em igualdade de circunstâncias, a escolha recairia sobre a pessoa do sexo sub-representado no mundo atual, uma mulher.
«É uma questão de garantir o acesso e as mesmas oportunidades», resume Reding. As mais importantes escolas de negócios do mundo forneceram-lhe um número que ela não se cansa de utilizar: há oito mil mulheres com qualificações e capacidades à espera de serem chamadas.
A proposta de quotas, «ainda em fase inicial», já desencadeou uma forte rejeição de nove Estados-membros, liderados pelo Reino Unido. Desiludida com essa reação ideológica, Reding promete não deixar cair a proposta. Acredita que o bom senso acabará por prevalecer.
A comissária explicou que a quota não é um fim mas uma ferramenta para acelerar a mudança, que, deixada nas mãos da autorregulaçäo das empresas, tem sido muito lenta.
Nos últimos dois anos, a percentagem de mulheres em cargos de decisão na União Europeia aumentou de 12 para 14%, apontou. No entanto, defende que, sobretudo em tempo de crise, não se pode esperar tanto tempo.
Onze estados-membros, entre os quais Portugal, já dispõem de algum tipo de quotas para mulheres em cargos de decisão, mas os dados mostram que esta pluralidade de modelos resulta num progresso lento e nem sempre na direção certa, alertou Reding, justificando assim a adoção de uma diretiva com regras comuns para todos.
CHEIRA-ME A DÚVIDAS!
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