sexta-feira, 31 de agosto de 2012

LUA AZUL!...

Hoje podemos assistir ao fenómeno raro da Lua Azul


Lua Azul chega hoje à noite

A segunda Lua Cheia de agosto vai iluminar hoje a primeira de sete noites de céu limpo e bom tempo. É um fenómeno raro conhecido por Lua Azul.


Chama-se Lua Azul e é um fenómeno que acontece apenas em cada dois ou três anos, mas o nosso satélite natural vai aparecer, como sempre, pintado de amarelo.
Como o ciclo das fases da Lua dura 29,5 dias, é possível vermos duas Luas Cheias no mesmo mês, à exceção de fevereiro, que mesmo em anos bissextos só tem 29 dias.
Para passear e namorar o azul seria mais encantador e mais romântico, mas só em raros momentos esta cor foi registada ao longo da História, em resultado do efeito de grandes erupções vulcânicas ou incêndios florestais.
Talvez por isso Lua Azul signifique também qualquer coisa difícil ou mesmo impossível de acontecer.  


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/lua-azul-chega-hoje-a-noite=f750177#ixzz258ymKIwI
 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

MOÇAMBIQUE (TURISMO EM TEMPO DE GUERRA)!

Enquanto uns pegavam em armas e rastejavam debaixo d´um sol escaldante, (Não sei bem para quê)? Talvez para defender a pele de velhos colonos, que enchiam os bolsos à custa do trabalho do negro, estes Senhores e Senhoras se bronzeavam na praia da Polana e passeavam nos seus belos iates, ainda hoje não percebo o porquê daquela guerra onde tantos pais e filhos perderam a vida, mas a vida é isto mesmo, sempre foi assim e assim continua, enquanto uns trabalham e poupam, outros gastam e passeiam à grande e à francesa.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

PORTUGUESES NO CAMPEONATO DA EUROPA DE MASTERS (EVACS2012)!

A portuguesa Alice (Maria Fernandes) subiu ao lugar mais alto do pódio (Medalha de Ouro)

Tó Zé (António Oliveira) duas medalhas de Bronze
Na minha humilde maneira de ver o desporto Nacional, que (Não é só futebol), a comunicação Social deveria dar mais atenção àqueles atletas que pelo mundo se esforçam para representar bem Portugal, quero aqui destacar o comportamento atlético dos nossos veteranos, que de 15 a 25 de Agosto participaram nas provas de atletismo realizado na República Checa, Alemanha e Polónia, trazendo consigo 19 medalhas:
-10 de ouro
-5 de prata
-4 de bronze
Mais curioso, o mais jovem português a participar, tem a bonita idade de 85 anos, que continue a sua corrida por muitos mais anos, a este foram dedicados breves segundos na RTP.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ONDE ESTIVE? TENTEM ACERTAR CLICANDO NAS IMAGENS!

Mas aqui fui rezar, porque sou católico! No Santuário em Fátima

Na Nazaré, o Sítio e o elevador a descer

Falésias em Pedrógão Grande

Pedrógão Grande e os pescadores

O farol em S.Pedro de Moel

S.Pedro de Moel, na praia, o barco, os tractores e as redes, para tradição de arte chávega


As bicas, na nascente de águas de Luso

Os jardins do Luso

Hotel da Curia, onde passei a noite

As gaivotas para passeios fluviais na Curia

Para um belo passeio na Barrinha de Mira, agora com águas mais límpidas

A curiosa Capela, junto à praia da Tocha

Os Palheiros da Tocha
Está de parabéns o "Tintinaine" que pelos vistos é quem melhor conhece o nosso lindo país.

sábado, 25 de agosto de 2012

HOMENAGEM AO MEU AMIGO VALDEMAR MARINHEIRO!


Deixaste-nos fisicamente, mas continuarás sempre presente nos nossos corações, companheiro em Moçambique, companheiro nos nossos convívios, nunca deixarás de estar presente na minha memória, esta foi a última mensagem que nos deixaste no teu BLOG "Do rio Douro ao Lago Niassa" Descansa em paz meu amigo!
Os meus sentidos pêsames à família enlutada!


Sábado, 10 de Setembro de 2011

Mensagem aos meus amigos

Queridos amigos...

Nesta hora não poderia estar indiferente a tantas mensagens de carinho e de conforto pelo que aproveito para vos agradecer.
Tenho-vos a todos no coração e espero em breve estar de novo convosco diariamente.
Até lá, um forte abraço.
Bem Hajam,
Um XI-CORAÇÃO
Valdemar "Ferreira" Marinheiro

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O MEU REGRESSO COM AQUELE ABRAÇO!

O reabraçar de velhos amigos, 42 anos depois, Lúcio à esquerda, Páscoa à direita

Lúcio no seu jardim

Hora do petisco e pôr a conversa em dia

A chuva começou a regar a minha Figueira e as mini-férias chegaram ao fim, o dever de avô chamou-me ao serviço de rotina, (Começo do ano letivo).
Como os bons amigos nunca esquecem, aproveitei para levar o meu abraço ao meu amigo e ex.Companheiro de armas Lúcio Sena, que já não via há cerca de 42 anos, para os filhos da escola, (O PADEIRO) da CF8, comissão em Moçambique, depois andei por aí, amanhã publicarei no "Figueira minha" algumas fotos esperando que alguém consiga localizar as cidades visitadas, até lá, fiquem bem!
Com o meu abraço.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

POR ALGUNS DIAS!

DIREITO A DESCANSO!
As minhas desculpas aos leitores do "FIGUEIRA MINHA" ...Divirtam-se! Saúde da boa...O meu regresso será dentro de dias. 

sábado, 11 de agosto de 2012

CONCENTRAÇÃO DE ESCUTEIROS 2012!

ACANAC-Resumo do 1º dia

ACANAC-Resumo do 7º dia

CONCENTRAÇÃO DE ESCUTEIROS 2012
Entre abraços e beijos de saudades, foi assim o regresso dos Marítimos da Gala


Empoeirados mas felizes pelo dever de missão cumprida



Na formatura, comandados pelo seu Chefe Luís

Idanha-a-Nova viveu durante 7 dias a dinâmica social de 17000 Escuteiros, vindos de vários países participantes, é de salutar esta iniciativa por parte dos seus chefes, não podendo existir qualquer dúvida que é uma preparação saudável para a vida de qualquer jovem, são convívios que ficarão nas suas memórias para sempre, quando ao telefone perguntei ao meu neto se estava a gostar, a resposta foi pronta...(Estou a adorar)! Eu: Ainda bem... No final estás preparado para concorrer aos Fuzileiros, isto fez-me lembrar a chegada à Escola de Fuzileiros, depois das provas de sobrevivência que fazíamos pelo Alentejo.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

DANÇAS TRADICIONAIS PORTUGUESAS!


Breve descrição das danças tradicionais de Portugal e suas histórias

Clube de Jovens Folcloristas Portugueses nas Comunidades
Breve descrição das danças tradicionais de Portugal e suas histórias
http://br.groups.yahoo.com/group/clubejovensfolcloristas


BAILARICO
O bailarico é uma dança popular actual que se baila na região que vai do Alcoa ao Sado, isto é, em toda a região estremenha. Baila-se, sobretudo, nas regiões de Torres Vedras, Caldas da Rainha, Malveira, Sintra e Mafra, pelo que é conhecida pelo nome de «dança saloia». Porém, também no Alentejo, no Ribatejo e no Algarve o dançam. É o bailarico uma das mais típicas e características danças populares portuguesas. É também uma dança simples e ingénua, se bem que ritmada e muito movimentada. A sua simplicidade e o seu ritmo movimentado são bem característicos da sua pureza e genuinidade portuguesas. O bailarico é dançado com dois, quatro ou seis pares. No Ribatejo chamam-lhe bailharico.

CIRANDA
A ciranda é uma dança que se divulgou no século passado e vem inserta em vários cancioneiros. Não tem acompanhamento instrumental, pois baila-se apenas ao som de harmónio e com acompanhamento de canto. Não deve ser uma dança muito antiga entre nós porque o harmónio é um instrumento austríaco que só há um século começou a popularizar-se em Portugal. Trata-se de uma dança que se baila particularmente na Beira Litoral e na região do Norte da Estremadura.

CHULA
A chula ou xula, é uma dança popular portuguesa muito antiga. Gil Vicente refere-se a ela numa das suas peças ou autos teatrais. É uma dança que tem cantador ou cantadeira, ao desafio mas o seu estribilho, ou refrão, é só instrumental. Baila-se a chula - que é uma dança tipicamente nortenha - do Minho à Beira Alta setentrional. Porém, a chula do Alto Douro tem instrumentos especiais e especial maneira de se bailar. Tal como o malhão, a cana-verde e o vira, a chula pode acompanhar-se apenas pelo ritmar da viola ramaldeira e tal como aquelas, que são danças típicas do Minho e do Douro, pode ser acompanhada pela «ronda minhota» (espécie de pequena orquestra campesina composta de clarinete, rabeca, harmónica, cavaquinho, viola, violão, bombo e ferrinhos) ou pela «festada duriense» (que é constituída pelos mesmos instrumentos, menos o clarinete, que é substituído pelas canas).

CORRIDINHO
O corridinho, que também se baila em algumas terras do Ribatejo e do Alentejo, é sobretudo, uma dança algarvia: o Algarve é a sua verdadeira pátria. O corridinho é uma dança antiga, porém, não muito arcaica: reflecte aspectos de danças citadinas adaptadas pelo povo, pois que é no seu aspecto geral, uma dança que se baila ao ritmo da polca-galope. Ora, tanto a polca como o galope são danças estrangeiras citadinas do século passado. O corridinho é bailado ao som do fole ou flaita, isto é, da concertina e consta de duas partes: o «corrido» propriamente dito e o «rodado», que é orientado em sentido inverso ao do corrido. Quando porém, uma segunda parte da moda é mais mexida e o parceiro é de feição, abandonam-se os passos conhecidos e o par rodopia sempre no mesmo lugar, num passo especial a que se dá o nome de «escovinha».

FANDANGO
Do ponto de vista musical o fandango é semelhante ao vira, porém, baila-se de diferente maneira ; de resto, o actual vira é possivelmente o antigo fandango agora dançado em cruz. Dança que nos veio de Espanha, o fandango enraizou-se em Portugal, onde é bailado em quase todo o país desde há muito. O Prof. Armando Leça, que estudou com particular atenção as canções e as danças populares portuguesas, dá o fandango como dança que ainda hoje se baila no Douro Litoral, no Minho, em Trás-os-Montes (terras mirandesas), na Beira Litoral, na Beira Alta, na Beira Baixa, na Estremadura, no Alentejo e no Algarve. Contudo, as regiões onde o fandango é mais bailado e goza de maior preferência do povo são o Ribatejo, as raias minhota e da Beira Baixa (Castelo Rodrigo e Idanha-a-Nova) e as terras interiores de Beira Litoral (Pombal, Ansião, Figueiró dos Vinhos, etc.). Velha dança espanhola, o fandango é também uma dança portuguesa muito antiga. Bocage refere-se a ela e o escritor inglês Twiss, que visitou o nosso país em 1772, diz que viu «o fandango dançado em Portugal com grande galanteria e muita expressão». E Gil Vicente usa às vezes, o termo «esfandangado». No Ribatejo, na Beira Litoral e nas terras raianas do Minho e da Beira Baixa, bem como em algumas regiões do Alentejo e da fronteira algarvia, é onde melhor se baila o fandango. No Ribatejo bailam-no ao som de harmónica (gaita-de-beiços) ou harmónio (gaita-de-foles); já, contudo, em Ferreira do Zêzere, na serra de Tomar, em Mação e em Borba o bailam ao som de guitarra. Nas terras mirandesas (Trás-os-Montes) bailam-no em roda. Há uma dança que é uma miscelânea de vira e fandango: o vira afandangado. O verdadeiro vira afandangado parece ser o do Ribatejo onde muitas vezes, o bailam em cima de mesas. O vira afandangado do Minho vira galego é de feição vocal e baila-se aos pares, de roda. A voga do fandango entre os portugueses está de tal maneira arreigada no seu gosto que o levaram para o Brasil.
Nos estados do Nordeste brasileiro baila-se o fandango; porém, nessas regiões não lhe dão tal nome, mas sim outros nomes que bem denotam que foram os portugueses que para lá levaram essa dança: «bailado dos marujos», «dança dos marujos», «marujada», «chegança dos marujos» ou «barca». No Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul (terras do Brasil), a palavra «fandango» quer dizer «festa», «baile» ou, simplesmente, «reunião onde se dança».

FARRAPEIRA
A farrapeira é uma das mais típicas e belas danças de Portugal. Não se sabe bem desde quando o povo a baila, mas parece ser uma dança bastante antiga, pois o seu aspecto musical aparenta-se com as mais antigas danças da nossa gente do povo. É a farrapeira uma dança do interior nortenho. Melodia que se assemelha à caninha-verde, exige ela um marcador espirituoso. Apesar de ser uma dança típica das Beiras, também no Ribatejo a bailam. Dança bem ritmada, é acompanhada à guitarra e, em algumas regiões, a pífaro e gaita-de-foles. Uma das características da farrapeira é o facto de ela ser uma das raras danças populares portuguesas cujo refrão ou estribilho é instrumental. Julga-se que a farrapeira deve ser uma dança burguesa, ou citadina, que o povo adaptou, pois o seu ritmo é o da polca e a sua marcação faz lembrar as quadrilhas, que, como se sabe, são danças de salão. Ao fim e ao cabo, a farrapeira, com o seu marcador, mais não é do que uma quadrilha campestre.

GOTA
A gota é uma dança popular portuguesa, bailada no Minho, que nada tem a ver com a «jota» espanhola (geralmente conhecida pelo nome de «jota aragonesa»). Há, contudo, íntimas relações entre a gota, o vira, o fandango e a jota espanhola; a gota é, porém, uma espécie de fandango. O fandango distingue-se da gota porque esta possui um carácter mais instrumental. O desenvolvimento melódico da gota aparenta-se com o da tirana, que é, também, uma dança popular portuguesa. A gota baila-se da mesma maneira que o fandango, apenas com um ritmo um pouco diferente.

MALHÃO
Ao malhão também lhe chamam «a moda das caminhas», «a rusga» ou «o Senhor da Pedra». Embora se baile também na Beira Alta, o malhão é uma dança tipicamente minhota, do Minho Litoral, muito semelhante à chula. Dança muito antiga, tem como a chula, acompanhamento de canto: o seu acompanhamento musical é de instrumento e cantador.

REGADINHO
O regadinho é uma dança popular que se vulgarizou no século passado e se baila em todo o Norte do País e também na Beira Litoral. É, por isso, uma dança híbrida, quer dizer: com algo de nortenho e algo de litoral. Dança bem ritmada, é, pouco mais ou menos, uma marcha; este seu aspecto leva-nos a crer que se trate de uma dança de salão ou burguesa, importada de Europa após as invasões francesas. No Norte bailam o regadinho sem acompanhamento instrumental, apenas acompanhado à viola, ao passo que na Beira Litoral o bailam ao som da guitarra.

SAIAS
A moda das saias é uma dança popular bailada principalmente pela gente do Alto Alentejo mas também bailada em algumas regiões do Ribatejo, da Beira Baixa, da Beira Litoral, da Estremadura, da Beira Alta e do Douro Litoral. Contudo, repetimos, é mais característica do Alto Alentejo e das terras interiores da Beira Litoral e do Ribatejo - precisamente daquela região que outrora pertenceu à Estremadura (Tomar, Pombal, Ansião, Figueiró dos Vinhos, Chão de Couce, Avelar, etc.). É uma dança sincopada e, às vezes, com marcador. O ritmo típico das saias é o binário; no Alto Alentejo o binário composto (6/8); no Douro Litoral, as saias têm um ritmo nortenho - binário simples (2/4). Há quem pretenda aparentar as saias com a dança espanhola da Andaluzia conhecida pelo nome de «saeta», porém nada de comum parecem ter, pois as saias são uma dança profana, de divertimento, ao passo que a «saeta» é uma dança acompanhada de canto litúrgico e só bailada como ritual das procissões. A moda das saias tem vários aspectos, por isso há várias modalidades de saias:
a) Velhas - As antigas, em forma de valsa-mazurca;
b) Novas - As actuais, em forma de valsa campestre;
c) Aiadas - Aquelas em que o marcador grita um «ai» no estribilho, a indicar a volta;
d) Puladinhas (ou Pulado);
e) Com estribilho.
As saias são modas acompanhadas de canto. Por isso, as saias são só para cantar ou para cantar e bailar. Quando cantadas, possuem uma letra sem requebro. Quando só cantadas, durante o trabalho, as saias estão para a gente do Alto Alentejo como o tope está para as gentes do Baixo Alentejo.Nas saias, os estilos e modas (a música) bem como os pontos (a letra) são volantes e os seus ritmos, às vezes, variam, chegando a haver, na mesma região, várias saias de estilo e moda diferentes; algumas vezes, o mesmo ponto serve vários estilos, mas o mais vulgar é o mesmo estilo ser cantado com vários pontos. Já no século XVII se dançavam as saias e parece que, então, elas se bailavam um pouco à maneira andaluza; tal modalidade arcaica ainda hoje se encontra em Escalos-de-Baixo. É no Alto Alentejo, bailadas ao som de pandeiro e, às vezes, de pandeiro e adufe, que as saias são mais castiças.

TIRANA
Apesar de melodicamente a tirana ser uma dança meridional, isto é, do Sul, a verdade é que ela se baila exclusivamente do Minho à Beira Litoral, particularmente na região de Coimbra - pois «tiranas» se chama às tricanas de Coimbra. O ritmo da tirana é um ritmo valseado. No nosso teatro ligeiro musicado, bem como nos ranchos folclóricos, dança-se frequentemente a tirana, mas, erradamente, chamam-lhe, a maior parte das vezes, vira. Com a moda das saias, a tirana tanto pode ser só cantada como cantada e bailada como, ainda, bailada com acompanhamento instrumental.

VERDE-GAIO
Embora seja uma dança tipicamente nortenha, o verde-gaio dança-se em quase todas as regiões do País ao norte do Tejo e particularmente no Ribatejo e Estremadura, entre o Lis e o Sado. É uma moda de cadeia com acompanhamento de auto: quadras fixas e várias. Sendo o verde-gaio mais popular no Norte do que no Sul, é curioso notar que é na região entre o Lis e o Sado que o bailam melhor e mais a primor. Em geral o verde-gaio é acompanhado com harmónica ou realejo.

VIRA
O vira é uma das mais antigas danças populares portuguesas; dele já Gil Vicente nos fala na sua peça Nau d'Amores dando-o como uma dança do Minho. Com efeito, o vira é uma dança de tradição minhota, embora se baile, de maneira diferente, também na Nazaré e no Ribatejo, e hoje, se baile à maneira minhota em quase todo o País. O vira é, de uma maneira geral, a dança popular portuguesa mais característica e popularizada. Há inúmeras variantes tanto musicais como na maneira de o bailar: vira de roda, vira estrepassado, vira afandangado, vira valseado, vira-flor, vira de trempe, vira galego, vira ao desafio, vira poveiro (da Póvoa de Varzim), etc. Do ponto de vista musical, o vira pode ser menor ou maior e é muito semelhante ao fandango; porém, o fandango dança-se de diferente maneira. O vira minhoto, isto é, o vira em maior, é semelhante ao malhão e à chula. O vira em menor não é minhoto.O vira não tem estribilho: a quadra da cantadeira repete-a o coro dobrada em terceiras ou somente dois versos e um larai como estribilho; quer dizer: como o vira não tem estribilho, o coro repete os versos dos cantadores. É da praxe minhota começar a cantiga no segundo verso. O vira distingue-se do fandango pelo verso da canção, mais longo no fandango.O vira da Régua é a chula.

BEIRA LITORAL
Pela sua extensão e diversidade de modos de vida das suas populações (as quais apresentam várias mas diferentes características: serranas, piscatórias, influência burguesa de Coimbra, pastoris, simultaneamente rurais e marítimas) a Beira Litoral é, do ponto de vista coreográfico, uma província muito complexa e variada recebendo as suas danças influências de áreas e regiões etnográficas das províncias e concelhos limítrofes. Principais danças: a Farrapeirinha, a Farrapeira, o Regadinho, a Ramaldeira, a Ribaldeira, a Tirana, o Estalado, o Lambão, o Real das Canas, o Vira Valseado (Moldes, Arouca), o Vira de Cruz (Moldes-Arouca), a Cana Verde de Oito (Moldes-Arouca), o Malhão, a Tirana, a Ciranda, a Carrasquinha, a Cana Verde, a Moda Nova, o Senhor de Pedra, o Verde-Gaio, o Vira (em várias modalidades: Vira Flor, Vira Travado, Vira de Treme, Vira Roubado, Vira de Roda, Vira Pulado, Vira Serrado, Vira Valseado, Vira Vareiro (com «marcador»).


Onde se dança o quê ?

ANEXO I

DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DAS DANÇAS POPULARES PORTUGUESAS AINDA EM USO
BAILARICO Estremadura (Região Saloia). Também do Alcoa ao Sado, no Alentejo, no Ribatejo e no Algarve. No Ribatejo também é conhecido por «bailharico».
BAILHOS CAMPANIÇOS Alto Alentejo (Évora).
BALHOS DE CADEIA Baixo Alentejo (embora haja «danças de cadeia» em todo o país).
BALHOS DE RODA Baixo Alentejo.
BALSO MARCADO OU BALSO RASTEIRO Algarve.
BALSO PULADO Algarve.
CANA VERDE Minho (Guimarães) e Entre-Douro-e-Minho (Santo Tirso, Arouca). Variantes : «Cana Verde Ricoqueira», (S. Martinho do Campo, Santo Tirso, Guimarães), «Cana Verde Picada» (idem), «Cana Verde de Oito» (idem).
CARREIRINHA Estremadura.
CHEGADINHO Baixo Alentejo.
CHICOTE Estremadura.
CHOTIÇA Algarve. Ver: «xotiça».
CHOTIÇA COM MARCADOR Ribatejo.
CHULA Douro e Alto Douro. Também do Minho à Beira Alta. Variantes: «Chula Vareira» (Douro), «Chula de S. Martinho da Gandra» (Ponte de Lima), «Vareira Chula» (Paredes), «Chula Virada» (Cinfães), «Chula de Pias» (Cinfães), «Chula de Ramalde». 
CIRANDA Beira Litoral. Também na região norte da Estremadura.
CORRIDINHO Algarve. Também no Ribatejo e Alentejo.
ENLEIO Estremadura.
ESTALADO Beira Litoral.
FANDANGO Ribatejo. Também no Minho, Trás-os-Montes (Terras de Miranda), Douro Litoral, Beira Alta (Castelo Rodrigo), Beira Baixa (Silvares, Idanha-a-Nova), Estremadura (Pombal, Ansião, Figueiró dos Vinhos), Ribatejo (Ferreira do Zêzere, Serra de Tomar, Mação), Alentejo e Algarve.
FARRAPEIRA Beira Alta, Beira Litoral e Ribatejo.
FARRAPEIRINHA Beira Litoral (Ourém e Caixarias onde é dançada com pífaros.
GOTA Alto Minho (Penso, Serra de Arga, Covas). Também em Trás-os-Montes (Terras de Miranda) e Beira Baixa (Escalhão).
LAMBÃO Beira Litoral.
MALHÃO Minho. Também no Minho Litoral (Santo Tirso), Baixo Minho (Vila Verde, Barcelos e Terras da Feira). Variantes: «Malhão de Roubar» (Vila Verde), «Malhão Traçado» (S. Maninho do Campo, Santo Tirso) «Vareira de Barcelos», «Malhão de S. Pedro de Nabais» (Escariz, Arouca, Terras da Feira) e «Piruló» (S. Martinho do Campo, Santo Tirso).
MARCADINHO Baixo Alentejo.
MODA DO INDO EU Beira Alta. Também noutras localidades do país.
PULADINHO Alentejo.
RAMALDEIRA Beira litoral e Estremadura.
REAL DAS CANAS Beira Litoral.
REDONDINHA Baixo Alentejo.
REGADINHO Beira Litoral.
REINADIOS Estremadura.
RIBALDEIRA Beira Litoral e Estremadura.
SAIAS Alto Alentejo (Portalegre). Também na Estremadura (Pombal, Ansião, Figueiró dos Vinh101 Avelar), Ribatejo (Tomar), Beira Baixa (Escalos de Baixo), Beira Litoral e Douro Litoral.
SALTO EM BICO Alto Alentejo.
SEGUIDILHAS Algarve (Vila Real de Santo António) e Alentejo (Barrancos).
TAREIO Beira Alta.
TIRANA Minho (Carreço) e Beira Litoral (Coimbra). Também Douro Litoral (Terras da Feira, onde é um vira).
TOPE Baixo Alentejo.
VAREIRA Minho.
VERDE GAIO Estremadura. Também algumas localidade nortenhas e Ribatejo, região de entre o Lis e o Sado.
VIRA Minho (Entre o Douro e Minho, Alto Minho e Baixo Minho). De certo modo baila-se em todo o país. Variantes: «Vira de Santa Marta de Portuzelo», «Gota de Carreço», «Rosinha de Afife», «Rosinha de Serra de Arga», «Serrinha ou Espanhol» (Arcos de Valdevez), «Salto do Soajo» (Alto Minho), «Vira Velho de Vila Verde» (Baixo Minho), «Mugiga de Santa Maria da Reguenga (sul do concelho de Santo Tirso, Terras da Maia), «Vira de Cruz» (Arouca, Terras da Feira e Moldes), «Vira Valseado» (Moldes, Arouca e Terras da Maia), «Tirana» (Lugar do Corvo, Arcozelo-Vila Nova de Gaia, Terras da Feira), «Tirana de Cidacos» (Oliveira de Azeméis, Terras da Feira), «Vira da Areia» (Nazaré), «Vira Poveiro» (Póvoa de Varzim). Outros : «Vira Galego», «Vira ao Desafio», «Vira Roubado», «Vira Flor», «Vira de Roda», «Vira Estrepassado», etc.os, Chão de Couce, 

terça-feira, 7 de agosto de 2012

SOLITÁRIO!

CADÊ VOCÊ! 
Por onde andam os vossos comentários AMIGAS! Assim a Figueira minha, começa a não dar frutos nesta solidão, vamos lá, digam que estão aí nesse maravilhoso Brasil e que estão bem!
O MEU ABRAÇO A TODAS/OS

MAIS UMA, PARA SER COPIADA!



Português enfrenta deportação por ter roubado gelado durante motins de 2011 no Reino Unido

Um português que roubou um gelado durante os motins do verão passado no Reino Unido foi condenado a 16 meses de prisão e pode agora ser deportado e impedido de entrar no país durante 10 anos, noticiou hoje o Independent.
O caso de Anderson Fernandes, escreve o jornal, alertou a opinião pública para a severidade das penas a que foram condenadas as pessoas envolvidas nos distúrbios que no verão passado varreram o Reino Unido.

Segundo a notícia, Anderson Fernandes, de 22 anos, arrisca-se agora a ser deportado para Portugal, onde não tem família e onde viveu apenas um par de anos enquanto criança, depois de sair de Angola, onde nasceu.

Tudo porque em agosto do ano passado, nos primeiros dias dos motins em Manchester, entrou numa pastelaria pilhada e serviu-se de um cone com duas bolas de gelado. Não gostou do sabor a café e entregou o gelado a uma mulher no exterior da loja.

Dias depois admitiu o roubo, quando a polícia lhe disse ter encontrado o seu ADN num cigarro no interior da pastelaria. A acusação disse que, a certo momento, o português considerou distribuir gelados às pessoas que se encontravam à volta do estabelecimento durante os distúrbios.

Anderson Fernandes, que nunca tinha estado na prisão, foi condenado a 16 meses de prisão depois de o juiz distrital Jonathan Taaffe ter dito que tinha “o dever público de lidar de forma rápida e severa com assuntos daquela natureza”.

Agora, perante a hipótese de deportação, Fernandes disse que está a ser punido duas vezes: “Nunca tinha estado na prisão. Pensei que teria de cumprir serviço comunitário ou que ficaria com pulseira eletrónica. Eu não destruí a loja nem parti nada”, disse.

O português contou que o episódio ocorreu depois de sair do tribunal, onde estava a ser acusado por um caso não relacionado: “Entrei na loja porque as luzes estavam acesas e a porta aberta. Entrei para comprar qualquer coisa. Mas quando estava lá dentro percebi que não havia ninguém na loja, por isso servi-me na máquina dos gelados, tirei um gelado e saí”.

“Quando cheguei cá fora comecei a comer, mas era de café e decidi deitá-lo fora. Uma rapariga que estava perto disse ‘se não gostas, dá-mo’. Então fui até à paragem do autocarro e fui para casa”, acrescentou.

Anderson Fernandes, que vive no Reino Unido com a família desde os 13 anos, vai agora recorrer da decisão de deportação.

A sua advogada, Jackie Mason, explicou que Fernandes foi considerado para deportação por ter sido condenado a mais de um ano de prisão, uma pena que considerou desproporcionada relativamente ao crime.

“Ele não esteve envolvido na organização e na manifestação”, disse.

Um porta-voz dos serviços britânicos de fronteiras disse que todos os estrangeiros condenados a penas de pelo menos 12 meses de prisão devem ser considerados para deportação, mas cada caso é depois avaliado individualmente, tendo em conta antecedentes criminais, a gravidade do crime e a existência ou não de familiares no país.

domingo, 5 de agosto de 2012

FIGUEIRA HOJE!


Clicar nas imagens

MÃO ESQUERDA E A MÃO DIREITA!

Esta canção pode-se adaptar perfeitamente à atualidade nacional...portugueses de 1ª, portugueses de 2ª!

                                                           CANÇÃO DA MÃO ESQUERDA

Sou gémea da mão direita,
O mesmo ar nos circunda:
Mas ela alçou-se a morgada,
E eu fiquei filha segunda.

Nascemos no mesmo leito,
Na mesma noite estrelada,
Porém, sendo eu irmã sua,
Ela é ama e eu sou criada.

Eu sou bem criada dela,
Que me está sempre a chamar,
Se os chapins laçar deseja,
Se os botões quer abrochar.

Ela é fidalga, eu plebeia,
Assim o quis nossa estrela:
Coisas mesquinhas são minhas,
E coisas belas são dela.

Ela abençoa e agradece,
Leva à boca a sopa quente,
Dá a esmola, colhe a palma
E corta a flor rescendente.

Sobre os Santos Evangelhos
É ela sempre quem jura,
E ante o altar, no casamento,
Quem se mostra e faz figura.

Faz ela o sinal da cruz,
Do dia ao princípio e ao cabo,
E a mim manda-me fazer
Figas às bruxas e ao Diabo!

Ela sempre em fainas nobres
E eu sempre em descansos cruéis...
Só num ponto a venço e humilho:
Anda nua e eu trago anéis!

Mas na cova acabarão
Tantas dif´renças da vida:
Eu comida pelos vermes,
E ela pelos vermes comida!

EUGÉNIO DE CASTRO, Canções desta Negra Vida

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

OS CALCETEIROS E A CALÇADA PORTUGUESA!

MONUMENTO AO CALCETEIRO EM LISBOA NA BAIXA POMBALINA

CALCETEIROS A TRABALHAR EM LISBOA 1907
Ao pisarmos as calçadas, a maior parte das pessoas não dão o devido valor a estes profissionais que muito admiro, particularmente pela flexibilidade dos membros inferiores que durante um dia de trabalho conseguem resistir naquela posição e também a sua resistência ao sol, a rapidez com que conseguem o desenho geométrico pretendido na pedra, apenas com duas marteladas, finalmente a obra que fica, embora com ajuda de moldes, são apreciadas em todo o mundo!

ARRANJO FLORAL EM CASTELO BRANCO

PARQUE DAS NAÇÕES LISBOA

PASSEIO JUNTO À MARINA FIGUEIRA DA FOZ

PLAZA DE ESPAÑA OLIVENÇA

CALÇADÃO PRAIA DE COPACABANA RIO DE JANEIRO

A HISTÓRIA DA CALÇADA PORTUGUESA
    HISTÓRIA
A calçada começou em Portugal de forma diversa da que hoje é mais corriqueira. São as cartas régias de 20 de Agosto de 1498 e de 8 de Maio de 1500, assinadas pelo rei D. Manuel I, que marcam o início do calcetamento das ruas de Lisboa, mais notavelmente o da Rua Nova dos Mercadores (antes Rua Nova dos Ferros). Nessa época, foi determinado que o material a utilizar deveria ser o granito da região do Porto, que, pelo transporte implicado, tornou a obra muito dispendiosa [1]. O terramoto de 1755, a consequente destruição e reconstrução da cidade lisboeta, em moldes racionais mas de custos contidos, tornou a calçada algo improvável à época. Contudo, já no século seguinte, foi feita em Lisboa no ano de 1842, uma calçada calcária, muito mais próxima da que hoje mais conhecemos e continua a ser utilizada. O trabalho foi realizado por presidiários (chamados "grilhetas" na época), a mando do Governador de armas do Castelo de São Jorge, o tenente-general Eusébio Pinheiro Furtado. O desenho utilizado nesse pavimento foi de um traçado simples (tipo zig-zag) mas, para a época, a obra foi de certa forma insólita, tendo motivado cronistas portugueses a escrever sobre o assunto. Em O Arco de Sant'Ana, romance de Almeida Garrett, também a calçada seria referida, tal como emCristalizações, poema de Cesário Verde.
Após este primeiro acontecimento, foram concedidas verbas a Eusébio Furtado para que os seus homens pavimentassem toda a área da Praça do Rossio, uma das zonas mais conhecidas e mais centrais de Lisboa, numa extensão de 8 712 .
A calçada portuguesa rapidamente se espalhou por todo o país e colónias, subjacente a um ideal de moda e de bom gosto, tendo-se apurado o sentido artístico, que foi aliado a um conceito de funcionalidade, originando autênticas obras-primas nas zonas pedonais. Daqui, bastou somente mais um passo, para que esta arte ultrapassasse fronteiras, sendo solicitados mestres calceteiros portugueses para executar e ensinar estes trabalhos no estrangeiro.
Em 1986, foi criada uma escola para calceteiros (a Escola de Calceteiros da Câmara Municipal de Lisboa), situada na Quinta Conde dos Arcos. Da autoria de Sérgio Stichini, em Dezembro de 2006, foi inaugurado também um monumento ao calceteiro, sito na Rua da Vitória (baixa Pombalina), entre as Rua da Prata e Rua dos Douradores.