terça-feira, 27 de setembro de 2016

A NOVA LÍNGUA PORTUGUESA...



Hoje não se fala português...linguareja-se!

 NOVA LÍNGUA PORTUGUESA... IMPERDÍVEL,
Por Helena Sacadura Cabral, utilizada frequentemente em "ciências de educação"...

Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar aos pretos 'afro-americanos', com vista a acabar com as raças por via gramatical, isto tem sido um fartote pegado! As criadas dos anos 70 passaram a 'empregadas domésticas' e preparam-se agora para receber a menção de 'auxiliares de apoio doméstico'.
De igual modo, extinguiram-se nas escolas os "contínuos"que passaram todos a "auxiliares da acção educativa" e agora são 'assistentes operacionais'.
Os vendedores de medicamentos, com alguma prosápia, tratam-se por"delegados de informação médica".
E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em 'técnicos de vendas'.
O aborto eufemizou-se em "interrupção voluntária da gravidez";
Os "gangs étnicos" são "grupos de jovens"  (criminosos).
Os "operários" fizeram-se de repente "colaboradores";
As fábricas, essas, vistas de dentro são "unidades produtivas" e vistas da estranja são "centros de decisão nacionais".
O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à"iliteracia" galopante. Desapareceram dos comboios as 1.ª e 2.ª classes, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes "Conforto" e "Turística".
A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou mãe solteira...»; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: «Tenho uma família monoparental...» - eis o novo verso da cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade impante.
Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e «terroristas»; diz-se modernamente que têm um"comportamento disfuncional hiperactivo" Do mesmo modo, e para felicidade dos 'encarregados de educação', os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, "crianças de desenvolvimento instável".
Ainda há cegos, infelizmente. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado "invisual". (O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos - mas o "politicamente correcto" marimba-se para as regras gramaticais...)
As p.... passaram a ser 'senhoras de alterne'.
Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em "implementações", "posturas pró-activas", "políticas fracturantes" e outros barbarismos da linguagem. E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a «correcção política» e o novo-riquismo linguístico.
Estamos "tramados" com este "novo português"; não admira que o pessoal tenha cada vez mais esgotamentos e stress. Já não se diz o que se pensa, tem de se pensar o que se diz de forma "politicamente correcta".

 Helena Sacadura Cabral

7 comentários:

  1. Sabe que gosto imenso desta senhora?
    Um abraço.

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  2. Para já tudo não li,
    porque é sempre a mesma lengalenga
    a falar alentejano aprendi
    olhando para os olhos duma morena.

    Por eles apaixonado fiquei,
    sem tão pouco ter algum proveito
    desapareceram nunca mais os vi
    não sei o que de sua dona é feito!

    Magana dum cabresto,
    era, mesmo, boa a valer
    me deixou ficar insatisfeito
    sem jeito, por ela a sofrer?

    Tenhas uma boa tarde,
    na tua horta satisfeito
    não faças nenhum disparate
    apanha os tomates com jeito?

    Um abraço.

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  3. Eu também gosto da mãe do Paulo Portas, mas gosto mais da mamalhuda do post anterior e fui lá vê-la outra vez.

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    1. Ó Tintinaine:
      Não tarda muito, o teu registo no Guiness World Records, na categoría Voyeur Female Body.

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  4. Ó amigo "Tintiaine", se ficaste assim apaixonado pelos pára-choques da minina! Sabes como vir buscá-la à Figueira para figurar como cabeçalho do teu blog e assim estás sempre a olhá-la nos olhos, hehehe.

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  5. outrora FABRICANTE DE PANELAS,
    hoje : GAY.

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