Primavera
Ah! quem nos dera que isto, como outrora,Inda nos comovesse! Ah! quem nos dera
Que inda juntos pudéssemos agora
Ver o desabrochar da primavera!
Saíamos com os pássaros e a aurora.
E, no chão, sobre os troncos cheios de hera,
Sentavas-te sorrindo, de hora em hora:
"Beijemo-nos! amemo-nos! espera!"
E esse corpo de rosa recendia,
E aos meus beijos de fogo palpitava,
Alquebrado de amor e de cansaço.
A alma da terra gorjeava e ria...
Nascia a primavera... E eu te levava,
Primavera de carne, pelo braço!
Olavo Bilac, in "Poesias"
Não sabia que o Olavo também era poeta!
ResponderEliminarSempre a aprender!
A magana se foi embora,
ResponderEliminarquem me dera ainda ter
a potência de outrora
para continuar a fazer
o que já não faço agora!
Tenhas uma boa tarde de sábado amigo António, um abraço,
Eduardo.
Um bonito poema.
ResponderEliminarUm abraço e bom domingo
Excelente escolha, lindo poema
ResponderEliminarGostei muito da fotografia
Bom domingo
Uma abraço
Maria