segunda-feira, 27 de julho de 2015

ENCOSTADO À FIGUEIRA ESTOU...


Contra água corrente
Muitas vezes eu remei
Todo armado em valente
Algumas vezes me assustei!

Era dentro desta piroga
Que em rios distantes navegava
Era melhor que fazer Yoga
Fisicamente me endireitava!

Era jovem fuzileiro
Nada me metia medo
Na Sanzala tocava pandeiro
E dançava em segredo!

Em segredo me divertia
A ninguém podia dizer
A salto do quartel saia
Os comandos não podiam saber...

Foram tempos bem passados
Que tudo o tempo levou
Com os músculos já cansados
Encostado à Figueira estou. 


12 comentários:

  1. Não reconheço esta paisagem como sendo em Metangula. A foto foi tirada no Cobué?
    No Cobué, eu só conhecia o pequeno cais onde acostavam as nossas lanchas, o resto é-me completamente estranho.

    ResponderEliminar
  2. A essa figueira encostado,
    mas, essa não é a tua
    mantém-te aí acordado
    para veres nascer a lua.

    Mas, não fiques a loirado,
    mantém-te firme e vigilante
    se vires a caso mal parado
    não tenhas medo chibante!

    Recordas com saudade,
    os tempos de juventude
    para pássaros beberem no açúde
    não accione ainda esses alarme.

    Só pensavas naquela moça bonita,
    assustastes-te porque eras cagarola,
    comeste massa dentro da marmita
    mas, não a cozinhaste na caçarola!

    Gostei dos teus versos,
    tens cá uma jeitaça
    não vires tudo dos avessos
    só por causa duma cachaça!

    Um abraço.

    ResponderEliminar
  3. Esta foto é no Cobué, em frente ao nosso cais era mar, onde íamos atirar as granadas de mão para apanhar peixe, este rio era à direita do cais por onde ia o Zebro do Tenente Saltão à caça dos jacarés, foi neste rio que apanhei o maior susto da minha vida quando a escassos metros da piroga vejo levantar-se a cabeçorra dum hipopótamo! Esta me ficou na memória para sempre, mas fazia parte da adrenalina das aventuras.

    ResponderEliminar
  4. As recordações descobriram o poeta que há em si. Gostei. Desconfio que está encostado à figueira para guardar os figos.
    Um abraço e uma óptima semana.

    ResponderEliminar
  5. Parece mentira, mas é verdade. estive cerca de trinta meses no norte de Moçambique e sete anos em Angola, e nunca vi jacaré nem crocodilo. Será que esse tempo todo estive lá a dormir?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sete anos em Angola, militar ? Eras chico?

      Eliminar
  6. Possivelmente sim Eduardo, porque nos rios do Cobué, matámos alguns, que um oficial de marinha já falecido guardava as peles, penso que já mostrei aqui uma foto sentado em cima dum, depois da caçada (já morto claro)!

    Amiga Elvira, esta figueira é o símbolo da que deu o nome à cidade, os figos que ela dá são bons e não é preciso guardá-los, porque é pública! Que bom vê-la de volta por aqui!

    ResponderEliminar
  7. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Tuapandula pelo esclarecimento
      Nunca viste nenhum ongandu ?
      Tchimuno nem um momento
      Podia imaginar tivesses sido tu.

      Tas a falar em umbudo elaka ?
      Não terás sido um O N'ganga ?
      Brandias a pesada matraca
      Para os indígenas de tanga ?



      Eliminar
  8. Erro: é umbundo e não umbudo.

    P.S. o corrector ta marado.




    ResponderEliminar
  9. Estou maluco ou os 70 rebemtaram com o pouco que tinha!
    Passei 6 meses no Cobué e como mecanico responsàvel pela nossa frota que devia de estar sempre operacional,nunca vi este rio!
    Portanto fiz imensas horas a ensaiar os motores e à pesca à grenada.

    Bem vens de me mostrar algo que nao vi estando no lugar.Também perdi o comboio estando na estaçao.
    Um abraço para ti e todos os adeptos da : Nocal,Cuca,Laurentina,2M e Manica.
    Manu

    ResponderEliminar
  10. Como eu entendo estes "operacionais" eheheh.

    ResponderEliminar