quarta-feira, 4 de julho de 2012

PATRIMÓNIO HISTÓRICO EM COMPLETO ABANDONO!

(Clicar nas fotos para ampliar)
Mosteiro de Seiça, propriedade da Câmara Municipal da Figueira da Foz

As oliveiras a dar azeitona, no cimo das torres

A entrada principal do Mosteiro, aberta de dia e de noite, sem necessidade de chamar o porteiro

A degradação do teto, da abóbada da entrada principal

Menos mau este teto, pelo menos não tem silvas

Vamos até à Capela de Nossa Senhora de Seiça, que fica a uns escassos 100m

Aqui, como se pode ler na placa, a Capela e o espaço envolvente, mandados recuperar por dois grandes Senhores, que infelizmente já não estão fisicamente entre nós


Entrada principal da Capela

hitoria do mosteiro:
Mosteiro de Seiça.
Foi D. Afonso Henriques quem mandou construir o Mosteiro em louvor à Virgem Maria devido a um milagre recebido junto da capelinha de Nossa Senhora de Seiça.
Os primeiros monges do convento foram os de Lorvão que naquele tempo pertenciam á ordem de São bento cujo superior foi o Abade D. Paio Egas nomeado para este cargo no ano 1175
D. Afonso Henriques faleceu (1185) sem que a sua obra fosse concluída, mas o seu filho D. Sancho I deu-lhe continuidade, entregando o convento á ordem de S. Bernardo por esta ser considerada um "raro exemplo de virtude e Santidade".
Em Setembro de 1348, a peste negra fez com que o Mosteiro de Seiça sofresse muitas perdas entre religiosos e caseiros. Esta epidemia dizimou 150 religiosos em 2 meses.
Em 1513 D. Manuel ordena a reparação do Mosteiro por este se mostrar bastante degradado. Assim, a igreja foi ampliada e tornou-se num dos melhores templos das redondezas. Devido aos elevados da igreja, uma feira anual franca foi autorizada, por útil para as obras em curso.
Em finais do século XVIII, Frei Manuel de Figueiredo afirmou que o edifício do Mosteiro era regular e bom, "Com uma boa igreja e suficientes oficinas; e vinte e cinco celas, para acomodação dos religiosos, alem da casa dos hospedes".
Em 1895 foi vendido a uma familia que transformou o mosteiro em fábrica de descasque de arroz, fabrica que veio a falir anos depois.
Actualmente é propriedade da Camara da Figueira da Foz tendo sido comprado por Santana Lopes, então líder da autarquia, que adquiriu o espaço por cerca de 225 mil euros, a uma família proprietária do convento desde 1895.
O autarca do PSD prometeu uma "intervenção de fundo" no imóvel, mas, quase dez anos depois, as ruínas do convento continuam à mercê da degradação e do vandalismo. 
A Câmara também está preocupada com o estado de degradação daquele património, mas o problema é que não temos verbas para proceder aos trabalhos de reabilitação do edifício. 
São obras bastante avultadas", disse, ao JN, Duarte Silva (PSD)»
O Mosteiro após varias deligências efectuadas não está classificado pelos serviços do Estado, encontrando-se num estado deplorável de degradação.



5 comentários:

  1. Situações destas são comuns num País que vê o seu Património Antigo como lixo, ou então como negócio, no caso de o «lixo» poder ser aprovado para uma Urbanização, de preferência um "condominio privado de luxo" que agora devido á crise está na mó de baixo, é pena que assim seja, mas isto está de tal maneira podre, que me parece sem remédio.
    O que não quer dizer que não tenhamos obrigação de alertar para situações como a que aqui mostras.
    Um abraço
    Virgilio

    ResponderEliminar
  2. Sem dúvida... Situações destas são comuns não apenas em Portugal mas também pelo que resta do nosso Império... No estuário do Rio Tiracol encontra-se agora um Hotel de Luxo no que foi um dos Fortes mais lindos do Continente Indiano... E assim vamos devagarinho assistindo ao desmoronamento de um passado glorioso, sem vontade e sem chêta para o manter.
    Valdemar Alves

    ResponderEliminar
  3. Olá António, venho trazer meu abraço e aproveito para parabenizá-lo pela magnífica postagem!
    Quando puder, apareça.
    Até mais ver...

    ResponderEliminar
  4. Com o país falido e as Câmaras Municipais a dever dinheiro a toda a gente, não há esperança de essas coisas entrarem nos eixos.
    Para nosso azar!

    ResponderEliminar
  5. Realmente António a falta de dinheiro do país não deixa muita esperança...
    Tudo cai, apodrece, desmorona! E quando digo TUDO, refiro-me mesmo a TUDO!

    Infelizmente...

    Parabéns pelo alerta :)

    O meu abraço
    Sónia

    ResponderEliminar