domingo, 15 de abril de 2012

COELHO DIZ O QUE TODOS SABEMOS


Passos Coelho diz que Portugal "usou mal" o dinheiro da Europa

Passos Coelho diz que Portugal usou mal o dinheiro da Europa
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Grzegorz Jakubowski/PAP/Lusa

O primeiro-ministro afirma que a crise económica que se vive em Portugal teve origem em “más decisões internas” tomadas pelos Governos anteriores. Numa entrevista publicada na edição desta semana da revista brasileira Veja, Pedro Passos Coelho afirma que o dinheiro proveniente da União Europeia foi mal gerido e que neste contexto os líderes europeus “não agravaram os nossos problemas, pelo contrário, ajudaram-nos”. Reiterando a crença de que Portugal não vai ter necessidade de pedir um novo empréstimo, Passos Coelho voltou a salientar porém que, em último caso, “o FMI e a União Europeia comprometeram-se” em voltar a ajudar o país.

Numa entrevista concedida no Palácio de São Bento, em Lisboa, o primeiro-ministro não especificou críticas, mas enfatizou que os culpados pelas atuais dificuldades económicas do país estão dentro das fronteiras. "Os desequilíbrios existentes em Portugal são resultado de más decisões tomadas por nós mesmos. Usámos mal o dinheiro, selecionámos mal os projetos de obras públicas, aumentámos os impostos, não abrimos a economia”.

Questionado sobre as reformas sociais implementadas pelo Governo, Passos Coelho descreve que as mesmas têm como objetivo “corrigir a rede assistencialista de tal modo que aqueles que realmente precisam de ajuda social possam recebê-la, sem abusos”.

Nas palavras do semanário brasileiro, o líder do PSD é um primeiro-ministro que “vê na crise a oportunidade para fazer reformas” e que “vai cortar os benefícios sociais de quem não precisa”.
"Atrair capital novo"
Sobre o tema das privatizações, o primeiro-ministro lembrou à publicação que Portugal precisa de “atrair capital novo”.

"O objetivo é tirar o Estado da economia, acabar com o estado patrão, dono das empresas, recebendo empresas que possam ter relevância para internacionalizar a nossa economia e tornar as nossas empresas mais competitivas. Os portugueses sentem que o Estado não foi um bom gestor de empresas. Os cidadãos também sabem que precisamos atrair dinheiro externo para movimentar a nossa economia", apelou, acrescentando que os setores da energia, dos transportes, da aviação, bem como os correios e um canal de televisão estão disponíveis para receber ofertas.

O primeiro-ministro argumentou ainda que a opinião pública portuguesa não tem demonstrado “resistência” quanto à venda das empresas públicas.

Pedro Passos Coelho voltou ainda a assinalar a expetativa que gira em torno do regresso de Portugal aos mercados, previsto pelo Governo para setembro de 2013. Segundo o primeiro-ministro, o sucesso das previsões está dependente “do êxito das medidas de estabilização financeira e macroeconómica e de que a agenda da reforma estrutural da economia portuguesa seja cumprida”. 

2 comentários:

  1. Pois,o homem descobriu a pólvora, todos nós sabemos que o dinheiro foi mal gasto, e ainda sabemos mais, quem o gastou e como, esqueceu-se foi de dizer esta pequena e simples constatação, sabendo ele que foi mal gasto, e acreditando que também saiba por quem, porque carga de água temos de ser nós pobres Cidadãos a pagar a factura, isso é que eu gostava que ele explicasse.
    Um abraço
    Virgilio

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  2. Este gajo não posso ver
    Nem calado nem a falar
    Tanta gente boa a morrer
    E este safado a cá ficar!

    Nossa triste sorte
    Que um coelho nos havia de governar
    Empurrando-nos para a morte
    Antes dela chegar!

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