quarta-feira, 29 de maio de 2013

PAULITEIROS DE MIRANDA...


A cultura popular  portuguesa pode estar comprometida! No entanto, há grupos de dança que vão fazendo um esforço para manterem viva a tradição das suas gentes e da sua terra, sendo os Pauliteiros de Miranda um grupo que admiro, convido-vos a virem comigo conhecê-los melhor...
A  dança dos paulitos, outra modalidade étnica mirandesa, assim dita os pauzinhos (um em cada mão) que os dançantes usam durante as evoluções coreográficas, só admite homens-16 na dança completa ou 8 na meia dança. Os diversos bailados que executam chamam-se laços, com um nome especial para cada um deles: são dançados ao som do tamboril e da gaita de fole, tangendo ao mesmo tempo castanholas e batendo o compasso no momento próprio com os paulitos uns nos outros, nas diversas voltas que fazem. É incalculável a presteza que esta dança exige e o efeito coreográfico que produz, donde o entusiasmo delirante, com que é recebida em toda a parte do País, inclusive Lisboa e Porto.
Os dançantes, em mangas de camisa, vestem o fato regional, distinguindo-se no colete o losango de pano branco que lhe serve de forro nas costas. Dos bolsos do colete pendem-lhes lenços brancos bordados a cores berrantes e feitos do mesmo teor, bem como das costas, dos ombros e do largo chapéu redondo armado de flores, lentejoulos e plumas de pavão.

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Por documentos encontrados no Museu Regional de Bragança mostra-se que a dança
dos paulitos era sagrada, não vai muito longe, e que se praticava nas outras terras do
distrito de Bragança, alheias à região mirandesa, onde hoje está localizada.

3 comentários:

  1. Tinham que ser famosos os Pauliteiros de Miranda, ou não fossem eles da Família cá do rapaz.
    Um abraço
    Virgílio

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  2. Ver os Pauliteiros vamos a Miranda!
    E agora é muito mais fácil e rápido chegar lá com a abertura ao trânsito do IC5 que nos leva até lá em 3 tempos.
    E para manter viva outra tradição, manda-se abaixo uma bela «Posta à Mirandesa» regada com um bom tintol transmontano.

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  3. Vai tu, que eu não vou
    A Miranda ver os Pauliteiros
    A gasolina acabou
    Roubaram meus dinheiros.
    Alcoviteiros tenebrosos
    De outros tempos manajeiros
    No presente, Coelhos leprosos
    Vai haver festa de arromba
    Foguetes a estalar
    Leitão com tromba
    No espeto a assar.
    Comido em São Bento
    Em Belém a gaitar
    Vai ser um tormento
    Mês de Junho está a chegar.
    Um abraço para ti amigo António.

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