Não resisto a tantas saudades, saudades do Lago Niassa, saudades da minha piroga e mais ainda, saudades dos meus vinte anos!
Porquê, o tempo passa tão rapidamente?
Saudades das machambas, dos mergulhos nas águas mornas e límpidas, das noites de dança na Sanzala, de todos os meus camaradas sabendo que alguns já não fazem parte dos vivos, estes momentos de saudades, acontecem-me com mais frequência, agora que a luta da vida se tornou mais monótona e difícil, mas tenho consciência que terei de dar lugar aos meus descendentes e levarei comigo todas as coisas maravilhosas que a vida me ofereceu, especialmente a maravilhosa família que constitui, todos os belos momentos estão gravados no meu coração, adoro a vida, os familiares, os amigos.
Pois, é amigo, pois, é,
ResponderEliminartens tantas as saudades
da tua Piroga e do Cobué
e das que lá deixastes!
Deves lá ter sido, um bom barrete
por isso é que não estás esquecido
se calhar das malandrices que lá fizeste
vai lá pedir desculpa se é que estás arrependido?
Encontrarás lá a tua Piroga,
mas não encontrarás o tempo ido
porque esse nunca mais volta
nem ao menos lá estará escondido!
Com as saudades da tua Piroga tenhas uma boa noite amigo António. Um abraço.
Vai com calma que ainda é cedo para as despedidas. Com a vontade de Deus e a nossa teimosia ainda por aqui andaremos mais uns aninhos.
ResponderEliminarSaudades também eu tenho, principalmente das pernas que me levavam para todo o lado e agora se recusam.