quarta-feira, 26 de abril de 2017

A VERDADEIRA MULHER DA BEIRA...




VIVA A LIBERDADE!

Nascemos para Amar

Nascemos para amar; a Humanidade
Vai, tarde ou cedo, aos laços da ternura.
Tu és doce atractivo, ó Formosura,
Que encanta, que seduz, que persuade.

Enleia-se por gosto a liberdade;
E depois que a paixão na alma se apura,
Alguns então lhe chamam desventura,
Chamam-lhe alguns então felicidade.

Qual se abisma nas lôbregas tristezas,
Qual em suaves júbilos discorre,
Com esperanças mil na ideia acesas.

Amor ou desfalece, ou pára, ou corre:
E, segundo as diversas naturezas,
Um porfia, este esquece, aquele morre.

Bocage, in 'Sonetos'

4 comentários:

  1. Ouvi a sua conversa limpa,
    da verdadeira mulher da Beira
    ela fala sem papas na língua
    sem dizer uma só asneira...

    Haja alegria,
    25 de Abril já lá vai,
    hoje é outro dia
    abana mas não cai?

    Tenhas um bom dia amigo António!

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  2. Comentei antes do soneto,
    como o tempo não volta para traz
    o melhor, mesmo, é ficar quedo
    longe da guerra, onde há paz!

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  3. Esta ainda é pior que a mulher do porto que anda por aí num video parecido com este!
    O Bocage é o maior e neste soneto portou-se bem, deixou as asneiras de fora!

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  4. Gosto do soneto.
    O vídeo? Nem sei como classificar...
    Um abraço

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