MISSÃO
Ao Corpo de Fuzileiros incumbe promover o aprontamento, o apoio logístico e administrativo das forças, unidades e meios operacionais atribuídos, e assegurar as ações de formação de pessoal, integrando duas grandes Unidades, a Escola de Fuzileiros e a Base de Fuzileiros, e sete Unidades Operacionais: o Batalhão de Fuzileiros N.º1, o Batalhão de Fuzileiros N.º2, a Unidade de Meios de Desembarque, a Unidade de Polícia Naval, o Destacamento de Ações Especiais, a Companhia de Apoio de Fogos, e a Companhia de Apoio de Transportes Tácticos.
As linhas orientadoras do Conceito Estratégico de Defesa Nacional preconizam a existência no Sistema de Forças Nacional de capacidade de projeção de poder.
Incumbe ao Comando do Corpo de Fuzileiros garantir o treino e o aprontamento da componente de projeção de poder em terra desta Força. O Corpo de Fuzileiros, fazendo parte da componente operacional da Marinha, tem também um importante papel na execução de ações em apoio no âmbito da política externa do Estado, nomeadamente de representação nacional e de demonstração de Força.
Como Corpo de Forças Especiais, são-lhe incumbidas missões específicas, que obrigam a uma prontidão operacional permanente, razão pela qual os Fuzileiros têm um treino técnico-militar bastante especializado e exigente, nomeadamente:
- Participar em operações anfíbias, conjuntas e/ou combinadas, integrando Forças nacionais, multinacionais ou NATO, na defesa do Território Nacional ou dos interesses Portugueses no estrangeiro;
- Efetuar operações de assistência humanitária, proteção e/ou evacuação de cidadãos nacionais residentes no estrangeiro, bem como de manutenção, imposição e consolidação da paz, de forma autónoma ou integrando outras forças;
- Executar ou colaborar, com outros agentes do Estado, em operações de combate ao tráfico de droga, pirataria marítima, contra terrorismo e crime organizado;
- Colaborar em tarefas decorrentes do apoio a autoridades civis, nomeadamente em situações de catástrofe, calamidade ou acidentes graves;
- Colaborar em tarefas decorrentes de protocolos de cooperação bi ou multilateral, nomeadamente com os países lusófonos, no âmbito da cooperação técnico-militar;
- Colaborar com Forças dos outros ramos das Forças Armadas e Forças de Segurança.
HISTORIAL
A existência de Fuzileiros na Armada remonta a 1585 quando se estabeleceram núcleos de adestramento das guarnições das naus da Índia para o manejo da artilharia e da fuzilaria.
O Corpo de Fuzileiros tem a sua origem na mais antiga Força Militar constituída com carácter permanente em Portugal, sendo a sua fundação datada de 1621, com a designação de "Terço da Armada da Coroa de Portugal", da qual os Fuzileiros atuais são legítimos herdeiros.
Desde aquela data até meados do séc. XVIII, os "Soldados da Armada" ou os "Marinheiros do Fuzil", como eram naqueles tempos conhecidos os Infantes de Marinha, combateram no Brasil, na fronteira sudeste do território Nacional, constituíram guarnições para a Esquadra de Guarda de Costa e combateram ao lado de Lorde Nelson no Mediterrâneo, somando sucessos na luta contra Franceses, Holandeses e Espanhóis.
“O Terço” era considerada uma Unidade de elite, tendo sido designado pelo Rei D. João IV como a sua guarda pessoal. Em finais do séc. XVIII, a organização operacional é alterada, articulando-se em dois Regimentos de Infantaria e uma Unidade de Artilharia, passando a designar-se por "Brigada Real da Marinha".
Em 1808, aquando da invasão das tropas de Napoleão, elementos da Brigada Real da Marinha, garantiram a segurança pessoal da família real Portuguesa na sua deslocação para o Brasil.
O Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, constituído após a independência daquela antiga colónia, afirma com orgulho que tem a sua origem na Brigada Real da Marinha Portuguesa.
Já no período de transição do séc. XIX para o séc. XX, quando a Europa inicia o seu processo de afirmação colonial em África, Portugal vê-se confrontado com a grande capacidade de potências coloniais, como a França, a Inglaterra e a Alemanha, pelo que considerou necessário afirmar a presença nacional nos territórios que lhe tinham sido atribuídos naquele continente na sequência dos tratados de Berlim.
Os "Marinheiros do Fuzil", integrados nos Batalhões Expedicionários e nas Companhias de Marinha, combateram em Angola, Moçambique e Guiné. Mais recentemente em 1961, quando Portugal se vê envolvido em novo esforço de guerra em Angola, Guiné e Moçambique, os Fuzileiros vestiram o camuflado para combaterem na selva, nos rios, nos montes, na savana, patrulhando os rios, desembarcando em botes e em lanchas, efetuando golpes de mão a partir de Unidades Navais e de helicópteros, garantindo a segurança de instalações de Marinha, participando em combates de todos os tipos.
Estiveram envolvidos nos teatros de operações durante catorze anos cerca de 12.500 homens. Terminados 14 anos de guerra houve necessidade de proceder a uma reestruturação das Unidades de Fuzileiros, adaptando-se ao novo teatro de Operações Nacional e aos requisitos da Aliança de que Portugal é membro fundador. Os efetivos foram reduzidos em 50 por cento, quedando-se nos cerca de 2500 homens, 60 por cento dos quais dos quadros permanentes.
Em 1974 foi criado na dependência do Chefe do Estado-Maior da Armada, o Comando do Corpo de Fuzileiros como estrutura superior de comando dos Fuzileiros com a missão de assegurar a preparação, o treino e a prontidão das Unidades de Fuzileiros. Com a entrada em vigor da Lei Orgânica da Marinha, o Corpo de Fuzileiros passou a integrar a estrutura operacional da Marinha ficando na dependência do Comando Naval.
Como testemunho da sua Ação, o Estandarte Nacional do Comando do Corpo de Fuzileiros ostenta numerosas condecorações resultantes de ações individuais e as mais altas distinções:
- Ordem Militar da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito.
- Três Cruzes de Guerra, colectivas.
- Medalha de Ouro de Serviços Distintos.
- Ordem do Infante D. Henrique.
- Ordem de Liberdade.
- Medalha da Ordem de Tamandaré.
Hoje, os Fuzileiros Portugueses prestam estreita cooperação de natureza Técnico-Militar aos Fuzileiros dos Países Africanos de Língua oficial Portuguesa (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique) e desde 1997 têm participado isoladamente e de forma conjunta ou combinada em operações de apoio à paz e de assistência humanitária, na Bósnia-Herzegovina, em Timor-Leste, na ex-República do Zaire, na Guiné-Bissau, em Moçambique, na República Democrática do Congo e no Afeganistão.
Fuzileiros Portugueses e a sua missão,
ResponderEliminarJá sei, no Porta aviões do Paulo Portas
Vão mostrar ao mundo os sucessos da Nação!
Eles estão em todo o lado,
Sem qualquer reclamação
Portugal desgovernado
Fuzileiros defendam Nação!
Das garras dum palerma,
Sem qualquer presunção
Não sabe o que é beldroega
Aos portugueses rouba o pão!
Mentiroso, aldrabão sim,
Peste, destruidora política
Neste país nunca terá fim
Porque gente louca nela acredita!
Amigo António, Sai do sol,
Vai para a sombra da tua Figueira
Porque aí não tens azinheira
Deixa em liberdade o caracol!
Um abraço
Eduardo.
Está muito bem contado o Historial dos Fuzileiros, a mim faz-me um pouco de confusão falar-se quase só em "Corpo de Fuzileiros" quando no meu tempo existia apenas e só a Escola de Fuzileiros, até parece que os louros da Escola foram transferidos para o Corpo!
ResponderEliminarUm abraço
Virgílio
Foi exatamente isso que aconteceu, foi criado o corpo de fuzileiros no Alfeite para funcionar como quartel general, ficando a escola de fuzileiros em Vale de Zebro só para os cursos, ou seja, como escola de preparação operacional da classe! Para mim foi, é, e será sempre a minha escola onde aprendi a ser homem.
ResponderEliminarUm fuzileiro será fuzileiro para sempre, não sr. António?...:-)
ResponderEliminarAté que a malvada negra que ninguém gosta, me feche os olhos para sempre!
ResponderEliminarFuzileiro uma vez, Fuzileiro para sempre amiga Laura, foi um dos meus amores com muito orgulho.