Coitado! que em um tempo choro e rio;
Espero e temo, quero e aborreço;
Juntamente me alegro e entristeço;
Du~a cousa confio e desconfio.
Espero e temo, quero e aborreço;
Juntamente me alegro e entristeço;
Du~a cousa confio e desconfio.
Voo sem asas; estou cego e guio;
E no que valho mais menos mereço.
Calo e dou vozes, falo e emudeço,
Nada me contradiz, e eu aporfio.
E no que valho mais menos mereço.
Calo e dou vozes, falo e emudeço,
Nada me contradiz, e eu aporfio.
Queria, se ser pudesse, o impossível;
Queria poder mudar-me e estar quedo;
Usar de liberdade e estar cativo;
Queria poder mudar-me e estar quedo;
Usar de liberdade e estar cativo;
Queria que visto fosse e invisível;
Queira desenredar-me e mais me enredo:
Tais os extremos em que triste vivo!
Queira desenredar-me e mais me enredo:
Tais os extremos em que triste vivo!
Camões
Grande Camões sim, coitado não!
ResponderEliminarse visses como o país está agora
morrias de um ataque de coração
sem teres tempo de te ires embora!
Querias que invisível fosse visto,
eles tudo fazem para que não seja
o que bem entende faz o político
tanto mais tempo, ainda, lhe sobeja!
Um abraço para ti amigo António.
Porque será que quase todos os poetas têm estas manias malucas?
ResponderEliminarSerá que a habilidade para fazer versos é filha da desgraça?
Ainda bem que não tenho jeito para isso, é bom sinal!!!
Não sou grande apreciadora deste tipo de sonetos, apesar de gostar muito de poesia. São demasiado tristes e entristecem quem os lê.
ResponderEliminarEspero e desejo que não tenham nada a ver consigo, nem com o seu estado de saúde.
Um abraço
Pois eu adoro Camões, o grande poeta da Língua Portuguesa, e existem também muitos outros.
ResponderEliminarCamões será sempre actual, e é isso que distingue os grandes dos pequenos. Ficarem para aposteridade.
Obrigada, António.
xx
Ouviste e leste bem Eduardo?
ResponderEliminarO recado do "Tintinaine", é para deixares de escrever poesia, que ainda estás a tempo!-:))
Não para lhe faltar ao respeito,
ResponderEliminarli sim mas não acato essa ideia
não sou nenhum poeta perfeito
por isso não falo de barriga cheia!