Portugal
Avivo no teu rosto o rosto que me deste,
E torno mais real o rosto que te dou.
Mostro aos olhos que não te desfigura
Quem te desfigurou.
Criatura da tua criatura,
Serás sempre o que sou.
E eu sou a liberdade dum perfil
Desenhado no mar.
Ondulo e permaneço.
Cavo, remo, imagino,
E descubro na bruma o meu destino
Que de antemão conheço:
Teimoso aventureiro da ilusão,
Surdo às razões do tempo e da fortuna,
Achar sem nunca achar o que procuro,
Exilado
Na gávea do futuro,
Mais alta ainda do que no passado.
E torno mais real o rosto que te dou.
Mostro aos olhos que não te desfigura
Quem te desfigurou.
Criatura da tua criatura,
Serás sempre o que sou.
E eu sou a liberdade dum perfil
Desenhado no mar.
Ondulo e permaneço.
Cavo, remo, imagino,
E descubro na bruma o meu destino
Que de antemão conheço:
Teimoso aventureiro da ilusão,
Surdo às razões do tempo e da fortuna,
Achar sem nunca achar o que procuro,
Exilado
Na gávea do futuro,
Mais alta ainda do que no passado.
Obrigada pelo belo poema. Torga é um dos meus poetas preferidos.
ResponderEliminarAbraço
Não tem cara de ricaço,
ResponderEliminartem cara de boa gente
rosto não desfigurado
não sei estará contente?
Esse poeta exilado,
apaixonado pela poesia
no Portugal libertado
vive-se em democracia!
Por enquanto ainda,
bem eu quero continuar
longe daquele Candimba
que continua a ameaçar!
Tenhas amigo António, uma boa tarte, muita saúde, Um abraço, e boa merenda!
Transmontano de boa cepa e afamado professor em Coimbra.
ResponderEliminarQuem não gostava nada dele era o Salazar e o seu amigo Cerejeira. Já por cá não andam, senão perguntava-lhes porquê.