quinta-feira, 9 de julho de 2015

O LOBO E A RAPOSA...






INDICATIVO
E cá vamos nós ouvir mais uma história de lobos e raposas. Uma história triste para os pobres animais que, por acaso, até eram compadre e comadre.
A história chama-se “O compadre lobo e a comadre raposa” e foi posta em livro por Adolfo Coelho.

Era uma vez um homem casado com uma mulher chamada Maria, e tinham por compadres um lobo e uma raposa. Um dia disseram eles ao lobo e à raposa:
«Olhem, compadres, é preciso fazer uma grande festa cá em casa e por isso vê tu, compadre, se me trazes alguns carneiros e ovelhas para o jantar, e tu, comadre raposa, arranja galinhas e patos, pois nós queremos que o banquete seja falado em toda a vizinhança.»
O lobo e a raposa responderam: «Oh, fiquem descansados, compadres, que não lhes há-de faltar o que desejam.»
Desde esse dia o lobo e a raposa todas as noites levaram gado para casa dos compadres, de sorte que eles já não cabiam em si de contentes. Chegado o dia da festa, lá foram o lobo e a raposa assistir à função, e, quando chegaram, viram que os compadres tinham uma grande caldeira de água a ferver e um espeto metido no fogo. O lobo perguntou: «Ó comadre, para que é esse espeto?»
«É para assar as galinhas.» - respondeu a Maria.
E palavras não eram ditas, o homem a pegar na caldeira e a deitar a água a ferver em cima do lobo e a mulher a meter o espeto pelos olhos da raposa. Escusado é dizer que ao lobo lhe caiu a pele e a raposa ficou cega.
Passara-se já bastante tempo e os compadres nem se lembravam do tinham feito, quando o homem, andando um dia no mato a apanhar lenha, viu correr para ele o compadre lobo e receando que ele o matasse subiu para cima de uma árvore.
Então o lobo disse-lhe de baixo: «Tu pensas que me escapas! Espera que eu te ensino.» E dito isto, começou a chamar pelos outros lobos e logo vieram muitos e ele então disse-lhes: «É preciso matar aquele homem que ali está em cima e para lá chegar é preciso que se ponham todos em cima uns dos outros; eu ficarei por baixo, porque tenho mais força.»
Já os lobos, postos uns sobre os outros, estavam quase a chegar ao compadre quando ele gritou com toda a força: «ó Maria, traz cá a caldeira de água a ferver.» O lobo, logo que isto ouviu, pernas para que te quero e os outros que estavam sobre ele caíram todos no chão; depois, desesperados, correram sobre o lobo que tinha fugido e castigaram-no.
O compadre voltou para casa e contou tudo à mulher e nunca mais quiseram voltar ao mato. Pudera. Tão maus haviam sido para o lobo e a raposa que passaram a ter medo deles.

Ouvimos a história “ O compadre lobo e a comadre raposa” uma história que fui buscar ao livro da Adolfo Coelho editado pela Ulmeiro.

3 comentários:

  1. FUZILEIROS ESPECIAIS9 de julho de 2015 às 20:52

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  2. Tadinha dela,
    fazendo beicinho
    encheu a panela
    derreteu o toucinho.

    Beicinho ou beiçuda,
    tanta faz uma coisa ou outra
    está perdendo a formosura
    mas não estará ficando louca!

    Sem mais palavras...
    Um abraço para ti amigo António.

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  3. E ainda dizem k a memória dos homens é curta...!
    Mas, desta vez, a "união não fez a força". Se calhar, o pessoal é grego.

    Dia mto feliz!

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