Quando o sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delírio d´oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra , ó mar imenso?...
Tu falas de festins, e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a soluçar?
Tens contos d´epopeias? Tens anseios
D´amarguras? Tu tens também receios,
Ó mar cheio de esperança e majestade?!
Donde vem essa voz, ó mar amigo?...
... Talvez a voz do Portugal antigo,
Chamando por Camões numa saudade!
Florbela Espanca
Dizem as crónicas que esta foi uma Mulher de armas, é certo que só durou pouco mais de trinta anos mas deixou obra que perdurará.
ResponderEliminarUm abraço
Virgílio
É preciso ter respeito,
ResponderEliminarPelas vozes do mar
Só será suspeito
Quem pouco roubar!
Esta é uma das minhas opiniões,
Nunca pensei em toda a minha vida
Que em Portugal houvessem tantos ladrões!
Fazem grandes figurões,
Condecorados pela valentia
Por roubarem muitos milhões
Protegidos pela democracia!
Florbela Espanca,
Linda poesia nos deixou
De Vila Viçosa alentejana
Contra a tirania lutou!
Boa tarde para ti amigo António, um abraço
Eduardo.