António Fernandes AleixoPortugal1899 // 1949Poeta popular
Ser Doido-Alegre, que Maior Ventura!Ser doido-alegre, que maior ventura!
Morrer vivendo p'ra além da verdade.
É tão feliz quem goza tal loucura
Que nem na morte crê, que felicidade!
Encara, rindo, a vida que o tortura,
Sem ver na esmola, a falsa caridade,
Que bem no fundo é só vaidade pura,
Se acaso houver pureza na vaidade.
Já que não tenho, tal como preciso,
A felicidade que esse doido tem
De ver no purgatório um paraíso...
Direi, ao contemplar o seu sorriso,
Ai quem me dera ser doido também
P'ra suportar melhor quem tem juízo.
António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo..."
Morrer vivendo p'ra além da verdade.
É tão feliz quem goza tal loucura
Que nem na morte crê, que felicidade!
Encara, rindo, a vida que o tortura,
Sem ver na esmola, a falsa caridade,
Que bem no fundo é só vaidade pura,
Se acaso houver pureza na vaidade.
Já que não tenho, tal como preciso,
A felicidade que esse doido tem
De ver no purgatório um paraíso...
Direi, ao contemplar o seu sorriso,
Ai quem me dera ser doido também
P'ra suportar melhor quem tem juízo.
António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo..."
O Aleixo foi daqueles que teve razão antes de tempo, foi pena não lhe terem dado o devido valor em vida, mas vai sendo recordado, como agora aqui.
ResponderEliminarUm abraço
Virgílio
Não é desleixo
ResponderEliminarLer os poemas
De António Aleixo
Nem passar pela figueira tua
De António Querido
Não sendo aventura
Será um bem adquirido
Se não for galinha nem perua
Poderá ser um galito
Na noite escura
Um encontro imprevisto
Também pode acontecer
Sem pagar imposto
Acabei de escrever
Depois do sol posto.
Boa noite e um abraço
para ti amigo António,
Eduardo.