Os meus filhos da escola, da incorporação de Setembro de 1962, assim como o amigo Moisés, lembraram-se de me enviar uns poemas dedicados ao Marinheiro que espelha na perfeição um ciclo de vida da nossa juventude que nos marcou para a vida inteira, embora de autor desconhecido, aqui ficam registados com o devido valor!
O MARINHEIRO
Noutros tempos, quando havia
Navios no "Quadro", amarrados
Por todo o lado se via
Os Marinheiros fardados.
E à noite, pelas vielas
Na cidade, em todo o lado
O Marinheiro ia às tabernas
Ouvir cantar o Fado.
Intendente, Benformoso,
Martim Moniz, "Campainhas"
O Fado, mulheres e copos
E os rapazes da Marinha.
O Marinheiro percorria
Toda essa velha Lisboa
Bairro Alto, Mouraria
Alfama e Madragoa.
Noite alta, regressa ao Lar
Já cansado e sem dinheiro
Rumo à Rua do Arsenal
À "Casa do Marinheiro".
Lenços brancos a acenar
No cais e à despedida
Lá vai para o Além-Mar
É militar, é a sua vida.
Esses briosos rapazes
Na Farda faziam gala
A Manta de Seda, o Alcache
Já ninguém vê, ninguém fala.
Autor: Desconhecido
O poema como o vi, estava solteiro,sozinho e sem encanto.Com a foto a acompanhar,ficou mais lindo e completo.´
ResponderEliminarSó é pena não ser um marujo PT (aquele boné e alcacha o diz).
Um abraço Marujo/Fuzo e m. saude.
Amigo Moisés tem razão, falha minha!
ResponderEliminarSó olhei para o marujo a beijar a moça e não para os pormenores da farda, para compensar cá vão dois fuzileiros!
Obrigado pela atenção!
Com o meu abraço
Muito bem, faz lembrar aquela cena no final da 2ª grande guerra, que ainda hoje é célebre, tinha mesmo de ser um Marinheiro (que me desculpem os outros Ramos Militaes) a ficar ha história do beijo.
ResponderEliminarUm abraço
Virgilio
Na verdade parece sêr um marujo da Àfrica do Sul... Por outro lado já havia tempo que ninguém mencionava "o famoso Campaínhas" que como "o Arrôz Dôce" tiveram um final ingrato, sem fazerem parte dos anais históricos da CML... "igual que as putas de antigamente que eram raparigas simples atenciosas, boas no seu intimo, crentes em Deus e acérrimas defensoras da moralidade. As de hoje são uns estopores mecanizados que só pensam em facturar."... (assim falou o famoso Vilhena e dôu-lhe toda a razão)... Gostei do Poema.
ResponderEliminarAssim até me sinto personagem de um filme famoso visto por milhares de espectadores!
ResponderEliminarLike!
Uma pergunta... quem são os fuzos que arranjaste para enfeitar o post?
ResponderEliminarSão identificáveis ou anónimos?
Eu não conheço estes fuzos, só sei que vieram à minha Figueira apalpar os figos e foram-se embora!-:)
ResponderEliminarCamaradas.O cordão que ilustra a foto, nos dois militares que abaixo se referem,não quer dizer que tenham sido fuzos,apenas indica e há a certeza, que estiveram numa unidade de fuzileiros.É isto o que o cordão significa.Foi assim que me ensinaram na escola de fuzileiros.Se porventura estou errado, ou se as leis dos fuzileiros mudaram,então espero que alguem me retifique.
ResponderEliminarUm abraço
O Laranjeira tem toda a razão... Na minha opinião são recrutas em dia de licença na Rua Augusta.
ResponderEliminarMarinheiro com sorte
ResponderEliminarFoi à guerra e voltou
Em Moçambique, no norte
No Lago Niaasa se banhou!
Em Lourenço Marques encontrou
Atraentes gaivotas
Nas asas delas voou
Sobres as verdes alcachofras!
Castanhas e morenas
Brancas o mulatas
Cuecas com rendas
E algumas peladas!
Havia marmelada
Sem marmelos
Muita canalhada
Armada com cutelos!
Marinheiro
No mar ou na terra
É sempre o primeiro
A pegar na gamela!
Boa noite para ti,
amigo António.