Naquela manhã de agosto, o vento norte levantou-se mal-humorado e pôs-se a embirrar com um pobre galo
de ferro erguido na torre de uma igreja:_ Põe-te quieto, ladino!- Dizia o vento enfurecido.
__Sempre de um lado para o outro, inconstante, não sossegas;
põe-te quieto, não ouves?
E o galo continuava a mexer-se, porque o vento cada vez era mais forte...
___Estúpido galo, que não páras!- Gritava com violência.
Então o campanário falou:
__Quanto mais gritas e te enfureces, mais o galarito de ferro obedece à tua fúria. Acalma-te, vento norte, sossega, vai-te deitar , e verás que o galo há-de sossegar também.
(ANTÓNIO BOTO, O Meu Amor Pequenino)
Um pobre galo feito de ferro
ResponderEliminarNa torre de igreja colocado
Para ele o vento era um inferno
Não o deixava estar sossegado.
Quanto mais soprava o vento
Mais o galo se mexia
Sua vida era um tormento
Coitado a ninguém mal fazia!
Boa noite para ti amigo António,
um abraço
Eduardo.
Antigamente havia muitos galos desses, não só nas Torres das Igrejas, mas em muitos edifícios públicos e particulares, agora são raros, restam os de Barcelos, e para os que gostam de acordar cedo, os de carne e osso.
ResponderEliminarUm abraço
Virgílio