A cultura popular portuguesa pode estar comprometida! No entanto, há grupos de dança que vão fazendo um esforço para manterem viva a tradição das suas gentes e da sua terra, sendo os Pauliteiros de Miranda um grupo que admiro, convido-vos a virem comigo conhecê-los melhor...
A dança dos paulitos, outra modalidade étnica mirandesa, assim dita os pauzinhos (um em cada mão) que os dançantes usam durante as evoluções coreográficas, só admite homens-16 na dança completa ou 8 na meia dança. Os diversos bailados que executam chamam-se laços, com um nome especial para cada um deles: são dançados ao som do tamboril e da gaita de fole, tangendo ao mesmo tempo castanholas e batendo o compasso no momento próprio com os paulitos uns nos outros, nas diversas voltas que fazem. É incalculável a presteza que esta dança exige e o efeito coreográfico que produz, donde o entusiasmo delirante, com que é recebida em toda a parte do País, inclusive Lisboa e Porto.
Os dançantes, em mangas de camisa, vestem o fato regional, distinguindo-se no colete o losango de pano branco que lhe serve de forro nas costas. Dos bolsos do colete pendem-lhes lenços brancos bordados a cores berrantes e feitos do mesmo teor, bem como das costas, dos ombros e do largo chapéu redondo armado de flores, lentejoulos e plumas de pavão.
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Por documentos encontrados no Museu Regional de Bragança mostra-se que a dança
dos paulitos era sagrada, não vai muito longe, e que se praticava nas outras terras do
distrito de Bragança, alheias à região mirandesa, onde hoje está localizada.
Tinham que ser famosos os Pauliteiros de Miranda, ou não fossem eles da Família cá do rapaz.
ResponderEliminarUm abraço
Virgílio
Ver os Pauliteiros vamos a Miranda!
ResponderEliminarE agora é muito mais fácil e rápido chegar lá com a abertura ao trânsito do IC5 que nos leva até lá em 3 tempos.
E para manter viva outra tradição, manda-se abaixo uma bela «Posta à Mirandesa» regada com um bom tintol transmontano.
Vai tu, que eu não vou
ResponderEliminarA Miranda ver os Pauliteiros
A gasolina acabou
Roubaram meus dinheiros.
Alcoviteiros tenebrosos
De outros tempos manajeiros
No presente, Coelhos leprosos
Vai haver festa de arromba
Foguetes a estalar
Leitão com tromba
No espeto a assar.
Comido em São Bento
Em Belém a gaitar
Vai ser um tormento
Mês de Junho está a chegar.
Um abraço para ti amigo António.