Ontem, dia 17 de Julho, o nosso Querido deixou-nos com um grande sorriso de saudade.
Desde os teus 58 anos que tenho o privilégio de te ter na minha vida; um avô/pai/melhor amigo tão bondoso, alegre, honesto e carinhoso como és.
Ninguém gostaria de estar no meu lugar, mas calhou-me a mim.
19 anos, fiz eu há pouco mais de 1 mês.
O meu avô, o mais Querido de todos eles, foi quem me proporcionou muitas das minhas favoritas memórias.
Aprendi a andar de bicicleta na Travessa do Rio 3, para trás e para diante, sempre bem acompanhado.
Aprendi a andar de trotinete na Travessa do Rio 3, com a mesma companhia.
Passei tardes numa garagem que ficará para sempre na minha memória.
Joguei à bola, fiz bolas de sabão, sujei a garagem... Tudo com a mesma companhia.
No tempo do talho, fingia ser cliente, e recebia uma fatia paio, ou qualquer outra delicia que encontrasse diante de mim. Oferecida pela mesma pessoa.
Sentava-me na secretária do escritório, a escolher os números e as estrelas. Com a mesma pessoa.
Era nesta secretária que estava sentado, no maravilhoso dia em que a pessoa trouxe uma delicia verde que, ao abrir, encontravam-se pingos de amor e carinho.
É esta pessoa que se deslocava ao Liceu, todos os dias, para fazer o seu habitual serviço de taxista.
Por isso, quero dizer que, honestamente, eu não faço ideia do que farei de hoje em diante.
Sei que estás sempre comigo mas simplesmente não será a mesma coisa. Nunca mais.
Adoro-te infinito.
És, e sempre serás, o meu herói.
O meu abracinho eterno,
Daniel